
hoje sonhei que eu seria o construtor do próximo Taj Mahal.
Seria um grande edifício com traços orientais, ocidentais e horizontais, pois não seria uma torre.
Arranjaria um laptop e um violão e faria um poema gigante, uma epopéia talvez.
Escritos que serviriam de esboço para uma construção tão Taj Mahalmente majestosa.
Cada parede seria um verso daquele poemaço.
Decidi que o tema seria “A nova aventura na lua”:
Uma saraivada de grandes coisas caiu sobre a face da lua:
E ela que lá de cima seria o cume duma orgia,
No solo um toca disco arranhava a mesma nota.
Música sem gravidade, numa surda melodia,
Para ver o que não era estrela morta.
Quando cheguei à lua, vi que havia crateras já batizadas
A maioria com nomes de cientistas famosos
lagos secos e praias não mais ensolaradas,
Mas eu queria pôr nomes novos.
Acordei e acessei o Google Earth.
Tive a idéia de criar o Google Moon.
Descobri que o Google Moon já existia.
O Google tudo cria e a tudo patenteia.
Nem todas as crateras da lua foram batizadas.
Mas parece que mesmo as que não têm nome, já são propriedade de alguém.
Mas do céu de meu telescópio, batizarei as minhas crateras,
com nomes dos meus amigos, filhos, parentes, animais de estimação, alguns bons professores que tive na universidade.
Cansei desta rua. Vou conhecer a lua.
A rua me deixou apático, mas a lua sempre me deixa lunático.
E é de lá que vou escrever meus poemas, minhas epopeias lunares.
Vou pegar a argamassa dos meus escritos, e construir meu Taj Mahal.
Vai ter festa com muita música.
Do Google Moon meu Taj Mahal será visto;
Do Google Moon será ouvida a playlist da música sem gravidade.
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