
Calma.
Furtivo sentimento deixa – alma.
Voa. Estranho pensamento – sabe Assobio na poeira – lábios.
Sussurro, sobe, Ressoa.
A voz de um silêncio – cala.
Joelho bate em pedra, voz que destroça e ralha
implacável que nem água - toda a água do mundo escorre, Escoa.
a voz que desce a rua e contorna, ladeiras e labirintos, abismos e feridas]
pelas cidadelas a água passa [curva serpente oculta ciranda circunda íngreme
por muros as raízes descem - avistam homens pisoteando árvores [dança de calcanhares
orvalho morto caules rachados a vida brota não sei de onde [nem todo eco é lógico
e cavalgam e cavalgam mais outros homens, montados nas sombras do dia,
montados nas luzes da noite [e criam reluzes deslumbres que lembram o ouro
e cavalgam sobre as cinzas e cavalgam sobre todas as coisas, abafam todos os barulhos
estalam estáticos os sons elásticos, mentirosos como os nossos grifos
pré-maturam os primeiros gritos [a dor dos gigantes esquecidos
quando inventaram um calor de vento
então deram nomes às estações do tempo
sentindo os frios que no rosto sabem arder
queimando o coração que a guerra há de comer
rebate salpica a pele - gotas de sangue e de prana
a tempestade dispara o ciclo e a calmaria inflama
a superfície da terra que um dia era plana.
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